07 setembro 2018

Das coisas que se aprende vivendo

São as expectativas que nos falham, não as pessoas.
As expectativas, essas tramadas que colocamos aos ombros de quem nunca se ofereceu para as carregar e as deixa cair com o peso, costas abaixo até ao chão. Com elas, naturalmente, vai o nosso coração de mão dada.

Somos donos delas. Responsáveis por elas. Se saem furadas, a culpa é única e exclusivamente nossa.
Enquanto não aprendermos que as expectativas não se entregam a ninguém, não há coração que nos valha. 

11 julho 2018

São estilhaços, minha Kate

Faltam dias para celebrar o vosso amor. O teu amor, minha Kate, minha irmã de coração. Aquele amor que tu julgaste que nunca irias encontrar. 
Sabes bem, valeu tanto a espera, tanto a pena, tanto tanto.
Sempre foste feita de amor. Nisso, tu e eu somos iguais. Querer um amor nosso, verdadeiro, recíproco. E foi sempre por isso que demos com o nariz no chão. Nunca deixaste que isso te derrubasse, nem mudasse a pessoa que continuas a ser, até hoje. E que bela que és!
Mas eu estou diferente. Há tanto tempo que estou diferente. 
Tu, que me conheces tão bem, vês-lo no meu olhar. Perdida. Aquilo que eu nego a todos e a mim mesma. E sinto-te a entristecer. Porque sei que querias mais para mim. Sei que me querias, no mínimo, tão feliz quanto tu o estas agora. E sabes que não dá.
Porque esperei, sabes. Todo este tempo, esperei. 
E continuo, inconsciente e involuntariamente a esperar. Por ele. Ele que nunca veio. Ele que nunca chegou à conclusão que era eu a pessoa com quem queria ficar. E sei tão bem que é legitimo não gostar. Sabemos, minha Kate. Mas nunca será isso que me impedirá de partir o meu próprio coração. Gostar de quem não gosta de nós será, provavelmente, das coisas mais doloras que a vida nos pode trazer. Conheces a minha luta, embora eu saiba que, em parte, não a consigas compreender. Tiveste a sorte de encontrar um Amor que quisesse ficar contigo, minha Kate. Aprecia-o, e nunca te esquecas de ser grata por isso. Porque afinal não, nem todos teremos o direito a isso. 
Estávamos as duas redondamente enganadas.
Tenho o azar de ter um coração que continua a achar que é ele. Apesar de todos os argumentos que eu própria me dou. Apesar de saber, e sei, tão bem, que ele nunca, nunca mereceu o amor que tive por ele. Porque ser boa pessoa nunca fez de ninguém um bom namorado. E é importante frisar isso, que ser bem intencionado não faz de ninguém merecedor de algo tão precioso quanto um coração. O meu coração, desde sempre tão frágil.
Ainda assim, para mim, continua a ser ele. 
Alojado em cada estilhaço deste coração que o guarda, deste corpo que não o quer querer mais, desta mente que não o deseja amar.



"When you try your best but you don't succeed..."

17 abril 2018

As insónias serão sempre o meu pior inimigo

Não tenho como expressar aquilo que sei que tivemos por um momento fugaz. Sei que não me posso demorar em pensamentos tolos de que tinhamos tudo ao nosso alcance para darmos certo e nos demos simplesmente ao luxo de estragar a nossa única hipótese. Tomamo-nos por garantidos e garantimos com isso única e exclusivamente o nosso fracasso. Planos e valores iguais, personalidades bem mais semelhantes do que aquilo que acreditas e conseguimos, ainda assim, ser dois estranhos a compartilhar um sofa tão cinzento quanto o nosso amor. Um amor sem eforços, sem surpresas, com muitas reticências e ainda assim tão afirmativo quanto um sentimento o pode ser.
No fim de contas, tudo o que eu mais queria era que me amasses. Que não conseguisses tirar-me do pensamento, nem quando estava contigo e muito menos quando estava longe. Que sentisses uma necessidade tremenda de me tocar, nem que fosse apenas com o dedo mindinho. Que sentisses saudades no momento em que saia pela porta. Que me abrisses a mesma com um sorriso rasgado à minha chegada. Que me desses um abraço só porque sim. 
Tudo o que eu queria era dar-te a conhecer o meu mundo e quem nele habita. Tornar-te uma presença habitual e ser uma presença assídua no teu. Tudo o que eu mais queria era conhecer-te as raízes, ver um sorriso do ventro que te criou e conhecer-te o berço. Tudo o que eu mais queria era uma hipótese, real e verdadeira, de te conhecer os cantos ao coração e saber ao certo que me era permitido habitar nele. Que havia lugar para mim. E que eu era suficiente para o preencher.
Tudo o que eu na verdade sei é que não me amas. Que eu não te amo. Que perdeste o rumo e eu me perdi de ti. Que sinto tudo e nada ao mesmo tempo. Que já não sei quem sou e muito menos para onde quero ir.

15 março 2018

Feliz aniversário, Avô.
Serás para sempre o homem da minha vida.

Baixinha 

08 março 2018

A cada dia que passa, lembro-me um pouco menos de ti. 
Apareces um pouco menos nos meus pensamentos. 
Perco um pouco menos de tempo contigo. 
E a verdade é mesmo esta, cansei-me de perder; tempo, esperança e sobretudo amor.

01 março 2018

Um dos dias mais felizes #1

Para que eu nunca me esqueça do dia da minha independência. 
Como é bom estar finalmente em casa.

18 fevereiro 2018

Quem se apaixona não escolhe como suicidar o coração; se se afunda num mar de desilusões, se salta fora por medo. Já não há amores que morram juntos no final de uma vida. 

13 fevereiro 2018

Decides seguir em frente quando não vês luz ao fundo do túnel para ti. Quando te dizem que não te amam e que não vão voltar por ti, e muito menos lutar por vocês e tudo aquilo em que acreditaram juntos. Quando desistem à primeira falha, as promessas caem no vazio e os planos por água abaixo. E é aí que a luz apaga. Não há esperança que te cure, lógica que te ilumine, nem razão que te aconchegue. Existes tu, e és a única que te poderá salvar. Salva-te e faz de conta que nunca nada existiu. E a verdade é que, do lado de lá, poderá mesmo nunca ter existido. 
Mas lembra-te sempre, nunca será isso que te impedirá de encontrar algo real com alguém que realmente deseja amar-te. O amor existe, não lhe feches os olhos e muito menos o coração.

24 janeiro 2018

Foi assim que aconteceu

Vivemos juntos apenas em dois lugares; enterrados no passado um do outro e mergulhados em expectativas num futuro longínquo. 
Já no presente, de pés bem assentes e mão dada, nunca estivemos. 


Não há amor que sobreviva a ver o tempo passar.