Contigo, mesmo ao lado, a segurar-me a mão, com tantos motivos para ser feliz quantos dedos entrelaçados.
24 junho 2013
17 junho 2013
Porto, belo Porto!
Foi em cada olhar, um abraço. Em cada passo de dança, um rodopio. Em cada palavra, uma lição. Em cada sinal, um incentivo. Em cada sorriso, um pular de batida.
Foi assim que se voltou a fazer ouvir cá dentro.
Foi assim que se voltou a fazer ouvir cá dentro.
16 junho 2013
Amores
fazem-se em histórias.
Tal como um
livro, levam capa e contracapa. Um tu e um eu por entre quais se deixa um
aglomerado de letras para mais tarde se tornar lembrança.
Há corações
que se deixam ficar por um só livro até a vista se cansar. Há outros que
precisam de ler várias histórias e mesmo pequenos contos até encontrarem as
linhas certas, que os fazem não querer ler nada mais.
E é assim que, como um manso pousar de pena, deito a última
página deste livro. Soube-me a um despertar de sol leve.
Afinal, tenho ali um novo, bem brilhante, para desfolhar.
11 junho 2013
Em peito e boca
Repara a
boca de quem cala
Num triste
manto de quem sente
Vê um coração
que fala
Uma razão que
não consente.
Ouve a pele
não mais tocada
Sinos meigos
a vaguear
Sabe a alma
bem lembrada
Qu’ a voz não
sabe perdurar.
Vem daí,
olho que cheira
Sente o odor
a cobardia
Que deita
amor à sua fogueira
E dá à luz
mágoa tardia.
O abraço que
não mais tem
É dado à
noite e ao luar
Nunca à mera palavra de quem
Não quer
fazer por actuar.
Esconde bem,
coração desfeito
A esperança
que volta e cria
De um dia
voltar em peito
A bater a
mesma melodia.
05 junho 2013
Soubesse eu Ser
Soubesse eu
pôr o coração em palavras. Soubesse eu sentir por letras, esvaziando o meu íntimo
para um pedaço de papel, transferindo cada dor e cada lágrima por lápis,
apagando-as com um simples passar de borracha.
Fosse a vida
uma tela, bania todos os tons cinza e todas as suas misturas, do meu quadro mal
pintado. Sobrepunha cor a cada traço mal colocado e recortava arestas mal
limadas.
Sentisse eu
por melodia, afinaria cada corda e tecla, extravasando-a de ritmo e calor, pondo
um fim às notas melancólicas e sombrias.
Mostrasse o
tempo a minha alma, construía pontes sobre as enchentes, e largos guarda-chuvas
para proteger o que tenta sobreviver aqui dentro.
Sendo apenas
humana, faço por aceitar os abismos que a vida me põe à frente para superar.
Crio rios de esperança nos quais me possa boiar, e leitos de força aos quais me
possa agarrar.
Sendo eu
apenas humana, aceito que também apenas o sejas; que em parte te tenha posto
uma carga demasiado grande de expectativas mal colocadas aos ombros,
impossibilitando-te o teu direito de seres imperfeito por vezes, na escalada da
tua montanha.
Sendo
humanos, espero que um dia compreendas o quão perfeito é a junção de um papel e
de um lápis. Que embora sejam tão diferentes na sua estrutura, são esculpidos
do mesmo e criam histórias. Que aceites que é necessária água para a tinta
fluir em tela, criando mundos. Que aprendas que é preciso tempo e dedicação
para tocar a mais bela melodia em qualquer instrumento, criando momentos. Que te rendas ao facto
de o tempo não ser controlado por nós e de termos que saber ajustar as nossas vidas
a cada estação do ano, seja primavera, seja outono.
Que finalmente repares que
por cada folha caída, uma flor leva o seu tempo a nascer.
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